
A Justiça de Mato Grosso decidiu manter, por mais 30 dias, a prisão preventiva do casal de empresários César Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos. Eles são apontados como os mandantes do assassinato do advogado Renato Nery, ocorrido em julho de 2024, em Cuiabá. A decisão foi proferida pela juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), que negou o pedido de soltura da defesa.
César e Julinere foram presos no dia 9 de maio deste ano, em Primavera do Leste (234 km de Cuiabá), durante uma das fases da Operação Office Crime, que investiga o caso. O mandado de prisão foi cumprido em sua residência, em um condomínio de luxo.
De acordo com as investigações, o casal teria oferecido R$ 200 mil pela morte do advogado, mas supostamente pagou apenas R$ 150 mil.
O policial militar Heron Teixeira confessou envolvimento no assassinato, bem como o caseiro dele, Alex Roberto, que foi o autor dos disparos. Os dois deverão responder por homicídio triplamente qualificado.
Além de Heron e Alex, outros quatro PMs do ROTAM foram presos sob suspeita de forjar um confronto para sumir com a arma do crime, mas já foram liberados. Apenas o um policial militar permanece detido.
Entenda o homicídio
Renato foi baleado quando chegava no escritório dele, em julho de 2024. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto.
Uma câmera de segurança registrou o momento em que Renato caminha até a porta do escritório, é atingido pelos disparos e cai no chão.
O advogado morreu um dia após ser baleado. O corpo dele foi sepultado em Cuiabá, na manhã do dia 7 de julho. Familiares e amigos prestaram as últimas homenagens.
Ele foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e conselheiro Federal da OAB, na gestão 1989 – 1991.