
O Ministério da Saúde está investigando dois casos suspeitos de gripe aviária em humanos no município de Campinápolis. Os pacientes tiveram contato direto com aves infectadas pelo vírus influenza aviária e apresentam sintomas compatíveis com gripe. Ambos estão em tratamento com o antiviral fosfato de oseltamivir, usado em casos de influenza.
Além dos dois casos, outras dez pessoas que também estiveram em contato com aves doentes estão sendo monitoradas pelas autoridades de saúde. As amostras coletadas foram encaminhadas para um laboratório de referência, e o resultado das análises deve confirmar ou descartar a infecção por influenza A(H5N1), subtipo da gripe aviária.
Segundo o Ministério da Saúde, até o momento não há casos confirmados da doença em humanos no Brasil. Todos os registros suspeitos anteriores deram negativo para o vírus H5N1. A pasta reforça que o risco de transmissão da gripe aviária para humanos é considerado baixo e ocorre apenas por contato direto com aves infectadas ou ambientes contaminados — não havendo risco de infecção pelo consumo de carne ou ovos.
Como medida preventiva, o Ministério segue monitorando todas as pessoas que possam ter sido expostas ao vírus, a fim de garantir atendimento imediato e conter qualquer possível disseminação. A transmissão entre humanos, segundo autoridades sanitárias, nunca foi registrada em nenhum país.
Entenda o caso
O Ministério da Agricultura confirmou um novo foco de gripe aviária em aves domésticas de subsistência em Campinápolis (MT), o quarto caso do tipo no Brasil. A propriedade foi isolada e amostras deram positivo para o vírus. Medidas de erradicação e vigilância num raio de 10 km já começaram, mas não há granjas comerciais na área afetada. Segundo o governo, o comércio e o consumo de produtos avícolas brasileiros continuam seguros, e esse novo foco não altera o protocolo sanitário em vigor no Rio Grande do Sul.